Deco aconselha consumidores a negociar crédito à habitação

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A Deco aconselha os consumidores a negociarem com o seu banco antes de pedirem transferência para outra instituição bancária Luís Forra/Lusa

Num estudo publicado na edição de Setembro/Outubro da "Dinheiro & Direitos", a Deco alerta que os titulares de empréstimos à habitação podem estar a desperdiçar milhares de euros se nunca negociaram o seu empréstimo porque os bancos reduziram as margens de lucro no crédito à habitação por causa da concorrência nesta área de mercado.

A revista da Deco/ProTeste exemplifica que há três anos os bancos cobravam "spreads" (diferença entre o que custa o dinheiro ao banco e o preço por que é vendido ao consumidor) de 2,5 por cento, mas nos novos empréstimos esse valor pode baixar até aos 0,45 por cento.

Neste sentido, a Deco aconselha os consumidores a negociarem com o seu banco, antes de pedirem transferência para outra instituição bancária, dado que as penalizações de transferência são muito elevadas.

Depois de comparar a taxa de juro do empréstimo actual com a de outros bancos, o consumidor deverá então pedir a diminuição do "spread" no balcão, usando como argumento, por exemplo, que o risco de crédito diminuiu desde o início do empréstimo por o capital em dívida ser menor e a casa ter valorizado.

Se o banco não ceder, adianta a Deco, a solução poderá ser mudar para a concorrência, mas, no entanto, é preciso ter atenção a todos os custos com o cancelamento e transferência da hipoteca.

A associação alerta que só em penalizações por reembolso antecipado da dívida o titular poderá ter de pagar cinco por cento. A Deco considera que estas penalizações constituem um entrave à concorrência, pelo que apresentaram já ao Governo um dossier com as suas reivindicações.

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