Um dos responsáveis da empresa concessionária, José Manuel Portela, conta que o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) instalou "finalmente" o pontão de embarque e desembarque no lado do Cabedelo, que era o que faltava para o "ferry" poder trabalhar.

Além daquelas carreiras, que terão lugar de hora a hora, a empresa recebeu igualmente luz verde para os passeios fluviais no rio Lima, num barco com capacidade para 50 pessoas e que "há mais de dois anos está à espera de ser legalizado". "O IPTM concedeu-me uma licença por 60 dias, para poder trabalhar nesta época alta, mas espero que para o ano a burocracia esteja finalmente ultrapassada e o barco possa andar no rio sem qualquer problema", acrescentou José Manuel Portela.

A sociedade detém desde 1985 o alvará dos transportes fluviais no rio Lima, mas este ano tinha sido impedida de trabalhar, pelo que chegou a ameaçar processar o IPTM por este ter tomado essa decisão "sem qualquer explicação". A Associação Empresarial de Viana do Castelo já tinha emitido um comunicado em que lamentava o não funcionamento do barco, nomeadamente por isso contribuir para intensificar o fluxo automóvel na ponte Eiffel e no Centro Histórico, "com as consequências já conhecidas na circulação e estacionamento".

"Defraudam-se as expectativas dos empresários vianenses, à espera do Verão para minorarem as consecutivas quebras no volume de vendas", acrescentou a associação, para quem a paralisação do barco tinha ainda reflexos negativos em termos turísticos.