Inspector "antidoping" da UCI impedido de entrar na Aldeia Olímpica

“Tínhamos tudo preparado: o comissário, o médico e os ciclistas estavam no local marcado, mas não permitiram que o inspector entrasse. Entre ele e os corredores estava apenas uma porta, mas ele não conseguiu entrar”, explicou Enrico Carpani, porta-voz da UCI, mostrando o seu “desapontamento”, já que foi impossível realizar os testes sanguíneos, pois têm de ocorrer nas primeiras horas da manhã. “Investimos muito tempo e dinheiro neste tipo de controlos”, lamentou.

No local estavam à espera para serem controlados ciclistas alemães, italianos, franceses e belgas. “Eu e os nossos cinco corredores estivemos à espera, mas passaram-se 20 minutos e ninguém apareceu”, contou o médico da equipa da Alemanha, Tjeert de Vries.

Carpani afirmou que o incidente não prejudica as “excelente relações” entre a UCI e o Comité Olímpico Internacional, mas inviabilizou que, para já, fosse realizados os testes habitualmente marcados para o início de cada prova. O ciclismo é uma modalidade muito marcada por casos de dopagem e nos últimos meses vários corredores têm sido afastados de provas porque as suas análises ao sangue registam valores hematológicos anormais – indiciam que houve ingestão de eritropoietina ou uma transfusão sanguínea e, apesar de não permitirem quantificar qualquer substância e aplicar suspensões longas, levam à interdição dos ciclistas por quinze dias, por questões de saúde.

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