Crude derramado na marina de Leixões está controlado
"Foi derramado muito espumífero para a zona da marina no porto de Leixões e estão a ser utilizada barreiras para evitar uma contaminação no mar", disse aos jornalistas Guilherme Pinto, antes do início da reunião convocada pelo Governo para analisar o incêndio que ontem deflagrou na zona de descarga de petroleiros do Porto de Leixões.
Segundo o autarca, "estão a ser retiradas embarcações a reboque do seu local de estacionamento para que seja possível limpar os hidrocarbonetos (petróleo bruto)".
Guilherme Pinto adiantou que a área da marina que está contaminada terá cerca de 2000 metros quadrados e que a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) já está elaborar planos para mobilizar meios absorventes para utilizar na água.
"Não haverá grande risco de contaminação ao resto do porto de Leixões", disse o vereador, frisando que a segurança está garantida, daí o trânsito estar a circular na zona normalmente desde as 20h00 de ontem.
Duas explosões ocorreram sábado cerca das 14h00 num oleoduto da refinaria, uma das duas existentes no país - a outra situa-se em Sines -, provocando um incêndio que levou dez horas a extinguir e que obrigou 32 bombeiros a receberem assistência médica devido a intoxicações, queimaduras e hipotermia.
No local sente-se ainda um cheiro muito intenso a fuel que não afecta minimamente os banhistas e os mirones que hoje, apesar da neblina que cai na praia de Leça da Palmeira, decidiram aproveitar o dia de descanso para irem a banhos.
O Governo convocou para hoje de manhã uma reunião de urgência no local, em que participarão, para além do Ministério do Ambiente com todos os seus titulares, secretários de Estado de outras pastas, como o dos Assuntos Económicos, Mar e Defesa.
No local está já o presidente do conselho de administração da Galp Energia, Ferreira do Amaral, e o secretário de Estado dos Assuntos do Mar, Nuno Fernandes Thomaz.