Falluja: dez iraquianos mortos após bombardeamentos e confrontos entre tropas dos EUA e rebeldes

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O Exército norte-americano ainda não comentou os incidentes ocorridos em Falluja Reuters

"Há dez mortos a registar e 36 feridos em consequência dos bombardeamentos e dos confrontos" em Falluja, entre as tropas dos Estados Unidos e os rebeldes, indicou o doutor Rafih al-Issawi, director do principal hospital de Falluja.

Fortes explosões sacudiram a cidade rebelde de Falluja, a oeste de Bagdad, na madrugada de hoje. As explosões, provocadas, ao que tudo indica, por um novo bombardeamento norte-americano, ocorreram no noroeste da cidade, no bairro de Al Askari. O Exército norte-americano ainda não comentou estes incidentes.

Por outro lado, em Mossul, quatro pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas num atentado com um carro armadilhado contra um posto de polícia da cidade, sitada a 400 quilómetros a norte de Bagdad. Vários veículos e estabelecimentos comerciais ficaram danificados pela explosão. Mossul tem sido palco de vários atentados. No dia 26 de Junho, uma série de atentados com carros armadilhados provocaram pelo menos 49 mortos e 250 feridos na cidade, ao passo que 20 pessoas foram dadas como desaparecidas.

Em Bagdad, dois iraquianos morreram e outros dois ficaram feridos, entre eles um condutor da BBC, devido à explosão de um engenho no momento em que passava uma coluna militar pela rua Abu Nawas, em pleno centro. "Um homem e uma mulher morreram e outras duas pessoas ficaram feridas em consequência da explosão de um engenho por volta das 08h30 locais (05h30 de Lisboa), pouco depois da passagem de uma coluna militar norte-americana", afirmou o capitão de polícia Amar Mohammad.

Grupo armado sequestra dois camionistas turcos

Para além dos confrontos, sucedem-se os raptos. Um grupo armado islâmico ligado ao terrorista de origem jordana Abu Musab al-Zarqawi, o alegado líder da Al-Qaeda no Iraque, anunciou ter sequestrado dois camionistas turcos e ameaça com a sua decapitação em 48 horas caso a companhia para a qual trabalham não abandone o Iraque.

O canal de televisão por satélite Al-Jazira mostrou imagens de um vídeo em que aparecem os dois reféns com os seus passaportes e, por detrás deles, três indivíduos vestidos de negro e armados.

A cadeia de televisão assinalou que um grupo denominado Unificação e Guerra Santa anunciou o sequestro dos dois condutores de uma empresa turca porque esta fornece material e outras mercadorias às forças militares norte-americanas no Iraque a partir do território turco.

Por outro lado, a empresa kuwaitiana para a qual trabalham os sete camionistas sequestrados há duas semanas no Iraque anunciou que aceita as condições dos sequestradores e irá suspender as suas actividades a fim de salvar a vida dos seus empregados. Os sete camionistas - três indianos, três quenianos e um egípcio - tinham sido capturados há dez dias quando viajavam do Kuwait para Bagdad.

A chamada "crise dos sequestros" começou em Abril passado, quando diferentes grupos radicais começaram a raptar cidadãos estrangeiros, vários dos quais postos entretanto em liberdade, apesar de alguns deles terem sido assassinados e outros permanecerem em cativeiro.

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