Carlos Paredes nasceu em Coimbra no dia 16 de Fevereiro de 1925 e dedicou quase toda a sua vida à guitarra portuguesa.
Filho e neto dos guitarristas Artur e Gonçalo Paredes, Carlos Paredes começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos, aprendendo a tocar com o pai, apesar de a mãe querer que ele estudasse piano.
Em 1934, aos nove anos de idade, muda-se para Lisboa com a família, onde em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes".
Três anos depois a sua música é utilizada como banda sonora no filme "Rendas de Metais Preciosos", de Cândido da Costa Pinto.
Pelo caminho compõe a banda sonora de outros filmes, como "Verdes Anos", de Paulo Rocha, em 1962; "Fado Corrido", de Jorge Brum do Canto, em 1964; e "As pinturas do meu irmão Júlio", em 1965.
Em 1967, edita "Guitarra Portuguesa", o seu primeiro álbum, com Fernando Alvim à viola, e no ano seguinte "Romance Nº 2", "Fantasia", "Porto Santo" e "Guitarra Portuguesa".
Três anos depois, em 1971, grava o disco "Movimento Perpétuo".
Na altura da revolução dos cravos, durante e após Abril de 1974, toca em diversos pontos do país, só voltando a editar um disco em 1987, quando saiu "Espelho de Sons".
No entanto, em 1975 edita "É preciso um país", poemas lidos por Manuel Alegre acompanhados à guitarra por Carlos Paredes.
Até à década de 90 conciliou a guitarra com a sua actividade como administrativo no Hospital de São José, em Lisboa.
"As pessoas gostam de me ouvir tocar guitarra, a coisa agrada-lhes e eles aderem. Não há mais nada", disse ao PÚBLICO em Março de 1990.
Em Dezembro de 1993 é-lhe diagnosticada uma mielopatia, doença que atacou a sua estrutura óssea e que o impediu de tocar guitarra, tendo ficado internado desde então na Fundação-Lar Nossa Senhora da Saúde, em Campo de Ourique, Lisboa.