António Costa eleito sétimo vice-presidente do Parlamento Europeu

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António Costa defende que é preciso tomar medidas para baixar a abstenção nas eleições europeias Christian Hartmann/EPA

Numa votação que decorreu no hemiciclo europeu, o líder dos eurodeputados socialistas portugueses obteve 228 votos, enquanto o primeiro vice-presidente, o espanhol Alejo Vidal Quadras, do Partido Popular Europeu (PPE), obteve 287.

A eleição para o cargo ocorreu inicialmente por aclamação, já que havia tantos candidatos como lugares disponíveis (14), votando-se depois a ordem dos vice-presidentes.

Costa era o único português candidato ao cargo, atendendo ao resultado das últimas eleições europeias, a 13 de Junho, que deram a vitória ao PS.

"É bom que Portugal mantenha uma vice-presidência. O grande desafio que se coloca agora é fazer um exercício de aproximação aos cidadãos, porque não faz sentido lamentarmo-nos que estes não se interessam pelas eleições e depois sermos indiferentes", salientou.

Para António Costa, o combate à abstenção far-se-á, por isso, nos cinco anos de mandato e não na próxima campanha eleitoral.

Também por isso, o líder dos socialistas portugueses no PE comprometeu-se a cumprir o mandato até ao fim, ao mesmo tempo que continuará a participar na vida política do seu partido.

Na anterior legislatura, Portugal teve igualmente um vice-presidente, o social-democrata José Pacheco Pereira.

Os 14 lugares de vice-presidente do PE foram distribuídos pelos grupos políticos consoante os resultados eleitorais das europeias de Junho: sete para o PPE, três para o Partido dos Socialistas Europeus, dois para os liberais e democratas, um para os Verdes e outro para a Esquerda Unida.

Também hoje foi eleito o novo presidente do PE, o espanhol Josep Borrel, que ocupará o cargo na primeira metade do mandato de cinco anos, sendo a segunda parte ocupada por um deputado do PPE, segundo um acordo estabelecido entre as duas maiores famílias políticas.