O que é a Síndrome Respiratória Aguda? O que causa a doença? Os cientistas acreditam que a Síndrome Respiratória Aguda, vulgo pneumonia atípica, é causada pelo coronavírus, um agente da família do vírus que causa a gripe comum. A Organização Mundial de Saúde acredita tratar-se de uma forma do vírus que sofreu mutações, tornando-se muito perigoso para o ser humano. Quais são os sintomas? Trata-se de uma infecção que provoca febre superior a 38 graus, fadiga, tosse seca e falta de ar ou dificuldades respiratórias. Em alguns casos, os doentes necessitam de oxigénio e de mecanismos de ventilação para conseguirem respirar. Dores musculares e fortes dores de cabeça são outros sintomas. Quem corre o risco de a contrair? As pessoas que viajam para países asiáticos afectados pela epidemia, e aqueles que estão em contacto com os doentes - os que vivem na mesma casa e partilham os objectos quotidianos, quer os médicos, enfermeiros e outro pessoal de hospitais e centros de saúde. Inicialmente, as vítimas mortais eram sobretudo indivíduos com sistemas imunitários deficientes (idosos e doentes). A doença começou a infectar jovens e a matar pessoas saudáveis. A Organização Mundiald e Saúde desaconselhou as viagens para as regiões da Ásia mais atingidas pela epidemia, nomeadamente o Sul da China (Hong Kong incluída). Como se previne? Uma boa higiene pessoal é essencial na prevenção da pneumonia atípica. É recomendado aos que estão expostos à doença ou viajem nos países mais afectados que lavem as mãos com um desinfectante e água quente durante pelo menos 20 segundos. Isto porque micro-organismos causadores de doenças podem alojar-se nas mãos. Apesar de se ter generalizado o uso de máscaras cirúrgicas, esta prática não é recomendada pelo público em geral. As máscaras são recomendadas apenas para os que estão em contacto directo com doentes, por exemplo em hospitais. . |
China evita falar sobre caso suspeito de pneumonia atípica
Uma estação de televisão de Hong Kong noticiou que estava confirmado o primeiro novo caso desde Julho. O Ministério da Saúde chinês nega a informação e a delegação de Pequim da Organização Mundial de Saúde (OMS) avisa que se trata ainda de um caso suspeito.
Um produtor televisivo de 32 anos de idade está internado há duas semanas em Guangzhou, no sul da China, tendo-lhe sido diagnosticada uma pneumonia, no dia 16 de Dezembro. Contudo, os testes realizados tiveram resultados contraditórios que não permitiram confirmar o diagnóstico.
Nenhuma das 42 pessoas que estiveram em contacto com o homem denotam qualquer sintoma de SRA. O próprio paciente permanece sem febres altas há uma semana.
A OMS diz que os resultados dos exames que já começou a realizar só serão conhecidos dentro de dias e a coordenadora local, Julie Hall, frisa que este é ainda um caso suspeito. Hoje, uma equipa da OMS juntou-se a peritos da tutela chinesa para inspeccionar a cidade de Guangzhou. Os epidemiologistas estão a passar todas as medidas de prevenção e contenção a pente fino e há cientistas no exterior a verificar os exames já realizados.
A pneumonia atípica apareceu exactamente em Guangdong, em Novembro de 2002. Sem ter sido detectada como uma doença grave ou nova, foi-se propagando pela China e pelo mundo através de turistas e viajantes. Cerca de oito mil pessoas foram infectadas e quase 800 morreram, 350 das quais na China.
Além do medo das populações e das restrições devido à quarentena, as consequências económicas da SRA fizeram-se sentir sobretudo na Ásia.
Os peritos alertaram para a possibilidade do regresso da doença com o tempo frio, mas até agora apenas dois casos foram detectados em Singapura e Taiwan, fruto de acidentes laboratoriais.