Rui Rio inaugura acesso ao Estádio do Dragão sob insultos de portistas
Os primeiros insultos surgiram por parte de alguns transeuntes, mal a comitiva para a inauguração se reuniu no topo da nova Alameda das Antas, que liga a Avenida Fernão de Magalhães ao novo estádio, e foram-se repetindo à medida que o grupo seguia em direcção ao novo "santuário" portista.
Os insultos não incomodaram, porém, Rui Rio, que analisou os trabalhos feitos neste projecto de mais de 60 milhões de euros, gastos não apenas na construção da alameda, mas também na infra-estruturação da zona - estádio inclusive - e na construção de alguns equipamentos viários.
Durante cinco minutos consecutivos o autarca foi questionado pelos jornalistas sobre o porquê da ausência de qualquer representante do FC Porto, se gostaria de ter Pinto da Costa a seu lado, ou, ainda, se iria assistir à inauguração do novo estádio. A todas as questões o autarca respondeu que não queria alimentar mais "polémicas gratuitas".
"Eu até acho que enquanto político devo estar disponível para abrir polémicas, mas não gratuitas e destinadas apenas a encher as páginas dos jornais", afirmou Rio. "Estou disposto a arriscar tudo, mesmo a minha popularidade política, para defender o que considero importante para a cidade", acrescentou.
O autarca, que até admitiu ser o primeiro a criticar a falta de produtividade dos serviços da câmara, considerou mais relevante salientar o facto dos acessos ao estádio estarem concluídos na data prevista e sem gastos para além dos orçamentados. "O que mais gosto é da câmara ter conseguido cumprir - e não se esqueçam que herdei uma situação muito complicada, sem sequer dinheiro para fazer a obra - os prazos previstos, muito antes do Euro 2004 e mesmo antes da inauguração do próprio estádio", afirmou.
Face à insistência dos jornalistas em torno da polémica "azul e branca", Rio desabafou: "Porque não deixam de fazer perguntas polémicas? Está aqui uma obra notável, que envolveu o trabalho de muitas pessoas de mérito para que tudo estivesse pronto. Agradeço a todos eles, desde o calceteiro até à Comissão do Euro".