Mulheres desempregadas entre 25 e 44 anos têm fraco nível de formação

Foto
A OCDE considera como fraco nível de formação as habilitações inferiores ao segundo ciclo do ensino secundário Daniel Rocha

A seguir a Portugal os piores níveis neste indicador entre os 30 países da OCDE encontram-se na Turquia (83,9 por cento) e México (83,0 por cento).

A OCDE considera como fraco nível de formação as habilitações inferiores ao segundo ciclo do ensino secundário.

Também entre as mulheres empregadas da mesma faixa etária Portugal apresenta a mais alta percentagem de fracas qualificações (66,5 por cento em 2001), de novo acima do México (63,7 por cento) e Turquia (62,7 por cento).

Relativamente ao conjunto de homens e mulheres entre os 55 e os 64 anos, 92,8 por cento dos desempregados e 90,2 por cento dos empregados tinham fracas qualificações em 2001, mais uma vez os valores mais desfavoráveis entre os 30 membros da OCDE.

Na OCDE, 55,8 por cento da faixa dos 55 a 64 anos não empregada tinham fracas qualificações (neste domínio a Espanha surge com o terceiro pior comportamento a seguir a Portugal e México, com 88,6 por cento) e 40,7 por cento dos que estão empregados (dados de 2001) eram pouco qualificados.

A OCDE estima que a produtividade do trabalho no sector privado em Portugal cresceu três por cento na década de 70 e 1,9 por cento nos anos 80, acima da média da organização.

Contudo, a produtividade do trabalho no sector privado português estagnou no período entre 1990 e 1995 e subiu 1,5 por cento entre 1995 e 2002, em ambos os casos abaixo da média da OCDE.

A percentagem de inactivos em idade activa (15 aos 64 anos) que pretendiam trabalhar atinge 63,7 por cento em Portugal, um valor próximo da média da OCDE (64,4 por cento).

A percentagem é maior entre as mulheres (67,1 por cento) do que entre os homens (55,3 por cento) e atinge máximos de 92,9 por cento na faixa etária dos 15 aos 24 anos e de 96,7 por cento nas pessoas com níveis de qualificação intermédias.