Mesmo no puro delírio "Amarcord" conserva a sobriedade duma impressão de melancolia progressivamente agravada, como um breve sonho feliz que passa num instante - por todas, veja-se a sequência do paquete. É isso, se calhar, que faz de "Amarcord" um momento muito especial numa obra que, nos anos 70, se encontrava refém de um "fellinianismo" excessivo e desregrado, raramente tão interessante como nas ocasiões em que Fellini resolvia pôr-lhe alguma ordem. E "Amarcord" envelheceu muito bem, está mais sólido do que nunca e parece feito de pedra à prova de erosão.
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