Segundo explicou Octávio Mateus, um dos responsáveis pelas descobertas - realizadas entre finais de Julho e início de Agosto -, "algumas das pegadas estão em excelente estado de conservação" e vão contribuir bastante "para conhecer melhor a biologia daqueles animais".

As pegadas pertencem a saurópodes, terópodes, estegossauros e ornitópodes.

O responsável salientou ao PUBLICO.PT que as pegadas de estegossauros são muito raras a nível mundial e, por isso, vão aumentar o conhecimento científico destes dinossauros.

Do conjunto dos vestígios encontrados, Octávio Mateus sublinhou ainda a importância da descoberta de uma pegada de dinossauro ornitópode (bípede herbívoro), do Jurássico superior. Esta mede cerca de 70 cm de comprimento e é a maior que se conhece deste dinossauro. "Tratava-se de um dinossauro bípede que tinha uma perna com 3,5 metros de altura e possivelmente um corpo de mais de 13 metros de comprimento", lê-se no comunicado. Esta pegada já está em exposição no museu - para protegê-la da erosão - e será alvo de um estudo rigoroso, bem como as outras dez pegadas.