Fogo já consumiu mais de 26 mil hectares desde início do ano

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Dos 1691 incêndios, apenas 35 foram responsáveis por 71 por cento da área ardida António José/Lusa

Santarém e Castelo Branco são os distritos com mais área ardida, registando-se até ao momento 6599 e 5796 hectares queimados, respectivamente.

As regiões agrárias mais afectadas são as da Beira Interior (com 12.648 hectares destruídos) e de Entre Douro e Minho (3864 hectares).

O Porto surge à cabeça da lista dos distritos com maior ocorrência de incêndios, tendo a DGF registado 225 até ao momento. Logo a seguir surge o distrito de Braga, com 219 fogos, e o de Viseu, com 167.

Quanto aos fogachos (incêndios com área inferior a um hectare), os valores mais elevados ocorrem nos distritos do Porto (1751), Braga (821) e Lisboa (716).

Dos 1691 incêndios, apenas 35 foram responsáveis por 71 por cento da área ardida, ou seja, por 18.754 hectares. A DGF estima os prejuízos de material lenhoso em cerca de 27 milhões de euros.

Em conferência de imprensa em Castelo Branco, o Presidente da República Jorge Sampaio, criticou a opção de vigiar o território e activar os meios apenas no período do Verão. "Todo o ano é uma batalha pela floresta contra o incêndio e pela prevenção", afirmou. Além disso, reclamou "projectos pilotos efectivos" de reflorestação para as zonas ardidas.

Sampaio deixou ainda um apelo ao reforço do associativismo dos proprietários (600 mil no território nacional), para um combate mais eficaz da propagação de incêndios.

Na próxima segunda-feira, Sampaio deverá debater a questão dos incêndios com o primeiro-ministro Durão Barroso, adiantou.