Obra de vibrante lucidez, nela César Monteiro expõe-se, autocritica-se, desmonta o teatro do seu cinema (para recompô-lo e voltar a baralhar tudo). É um filme implacável - o cineasta reinventa-se como novo predador, cruzamento de Nosferatu e Monsieur Verdoux - e é um filme triste, muito triste (também por isso, talvez o mais chaplinesco dos seus filmes). César Monteiro confronta-se com a morte e, no fim, há um olho azul, terrível e comovente, a fixar-nos longamente (saberemos devolver-lhe o olhar?) - afinal, uma exaltação da vida.
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