É um filme em que Wenders exorcisa a sua experiência americana com "Hammett", é um filme sobre a espera (a parte europeia, com a interrupção das filmagens) que serve como metáfora do "statu quo" do cinema, em plena crise narrativa e perda de rumo. É, mesmo, um filme sobre a morte do cinema (que é a sublime sequência em L.A., senão um "travelling" por fantasmas do cinema americano?) e sobre a impossibilidade de continuar. E há algo que parece evidenciar-se neste filme que olha para a América com fascínio, "à espera de Gordon" (o produtor americano de quem depende a continuação da rodagem): que o cinema europeu não foi capaz de constituir-se como território mítico.
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