A exumação foi levada a cabo pelos especialistas da Universidade de Granada em presença de dois descendentes da Cristóvão Colombo, Jaime e Anunciada Colombo de Caravajal.

Os cientistas levantaram um manto drapeado que cobria o túmulo do navegador e puderam ler a inscrição que dizia: “Aqui estão os ossos de Cristóvão Colombo, primeiro almirante do Novo Mundo”.

De seguida, os especialistas extraíram os restos mortais do seu filho, Hernando, que repousavam na parte traseira da catedral desde há quatro séculos.

Os restos mortais de ambos, bem como do irmão do navegador, Diego Colombo, exumados em Setembro passado perto de Sevilha, foram transportados para a universidade de Granada, onde serão analisados até ao próximo Inverno.

Os especialistas poderão demorar vários meses a confirmar se o cadáver é mesmo o de Cristóvão Colombo e irão incluir testes antropológicos, dentários e radiológicos por ressonância magnética, segundo José Antonio Lorente, director do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, que coordena as pesquisas.

A equipa de especialistas compreende os peritos da Universidade de Santiago de Compostela, de Roma, de Leipzig (Alemanha) e de Barcelona.

As pesquisas levarão em conta o estudo do cromossoma Y porque ele transmite-se de pai para filhos e poderá, assim, determinar-se a autenticidade dos restos mortais de Hernando Colombo.

Cristóvão Colombo, nascido em 1451 em Génova, morreu em Valladolid (centro-norte de Espanha), em 1506 e os seus restos mortais, como o dos seus filhos, foram transferidos para Santo Domingo. Porém, em 1795, os espanhóis evacuaram a República Dominicana e terão levado os restos mortais de Colombo para Cuba, de onde terão seguido para Espanha em 1898, após a guerra hispano-americana.

Porém, a República Dominicana afirma que os restos autênticos do navegador se encontram em território dominicano.