Ainda para mais com uma arma de destruição maciça que não é para todos: um sentido de humor terrivelmente afinado. Fossem outros os tempos e talvez a sua recepção fosse mais pacífica, até porque não parece que "Bowling for Columbine" diga, ou defenda, qualquer coisa de escandalosamente insensato (a América como país sustentado no medo, também o último Scorsese o dizia). Mas as consciências andam muito susceptíveis, pelo que não são de estranhar algumas reacções viscerais (e Moore poderia dizer como o Presidente Bush: ou estão comigo ou contra mim), embora espantem as acusações de parcialidade: se não houvesse parcialidade, pura e simplesmente não haveria filme. É claro que Moore não é Chris Marker, e o seu filme vale mais pela exuberância do que propriamente pelas suas qualidades ensaísticas. Pouco importa: um viva! ao seu atrevimento.
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