O que no segundo tinha o cariz absurdo da alienação (do foro paranóico), ganha no mundo de Cantet cores políticas, ecos de uma sociabilidade mal integrada, resquícios de denúncia de uma sociedade injusta, em que o indivíduo perde qualidades. E ao "homem sem qualidades" de Cantet não resta outra solução do que ceder, "vender-se" ao falso "happy ending", entrar no sistema. Estamos, pois, longe do terror psicológico de "O Adversário", mas continuamos nas areias movediças de um mundo sem soluções. Os dois filmes não se duplicam, complementam-se.
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