Colin Powell: preocupações de Chirac "não têm razão de ser"
“O Presidente Chirac afirmou que não apoia nenhuma resolução que legitime a operação militar que iniciámos”, lembrou o chefe da diplomacia americana à estação de televisão Fox News.
Powell afirmou que os Estados Unidos não precisam de um novo texto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, dado que as operações em curso estão de acordo com as resoluções 678 e 687, adoptadas depois da primeira guerra do Golfo (1991) e com a 1441, adoptada em Novembro.
“Não precisamos de mais legitimidade para o que estamos a fazer”, garantiu.
O secretário de Estado norte-americano respondeu ainda às críticas de Chirac quanto ao pós-guerra no Iraque, garantindo que a coligação que apoia os Estados Unidos será responsável pelo país apenas “por um período o mais curto possível”, remetendo o poder para uma “autoridade iraquiana”.
Villepin defende que nenhum Estado se pode considerar guardião do mundoNo mesmo dia, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, afirmou em entrevista à televisão francesa que nenhum Estado se pode considerar “guardião do mundo”.
Para Villepin, os Estados Unidos “não terão outra alternativa [se não actuar segundo as Nações Unidas], assim como toda a comunidade internacional”, salientando que a ONU é a única instância com legitimidade.
Além do mais, acrescentou, Washington vai precisar da ONU para fazer frente à crise humanitária.
Villepin lembrou que a força deve ser apenas o último recurso, porque caso contrário, as feridas do mundo serão agravadas.