Já em "Kundum" evidenciara um certo esgotamento no desenvolvimento programático, sem chama nem medida. Agora, o excesso de "Os Gangs de Nova Iorque" parece comprazer-se no gigantismo dos cenários e das massas de figurantes e numa violência gratuita e desmesurada, mas sem função dramática. Mesmo o final visionário e auto-irónico com a Nova Iorque das Twin Towers a renascer e a homenagem a ganhar forma, não passa de uma vénia retórica, de um gesto falhado a apoucar aquilo que no grande Scorsese de "Taxi Driver" ou "Touro Enraivecido" posssuía a força das inevitabilidades. Mesmo a tão incensada interpretação de Daniel Day-Lewis, em insuportável "overacting" já só parece pertencer ao domínio da repetição caricatural.
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