Esta mancha com onze mil toneladas "está dividida em várias outras manchas mais pequenas. Existem duas de cem metros sobre 60 e, pelo menos, cem manchas de cinco a 20 metros", informou Rajoy em conferência de imprensa.

Desde o fim-de-semana, cerca de 400 voluntários têm trabalhado na limpeza de 120 praias contaminadas pela maré negra na Galiza.

O submarino francês "Nautilo" - requisitado ontem de manhã pelas autoridades espanholas para inspeccionar o estado do petroleiro, a mais de três quilómetros de profundidade - deverá chegar no domingo ao local, informou o Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar (Ifremer).

Segundo Rajoy, o Governo espanhol destacou hoje a fragata "Andaluzia" para o largo da Galiza, perto de Finisterra, em cumprimento do acordo entre Espanha e França concluído ontem em Málaga, sobre a restrição do tráfego marítimo dos petroleiros potencialmente perigosos.

"De acordo com o que me dizem as autoridades francesas, não está prevista para hoje a passagem" de petroleiros ao largo das costas espanholas, acrescentou o vice-presidente do Governo, garantindo que se um petroleiro considerado em risco circular nesta zona, será "afastado".

O acordo hipano-francês prevê a realização de inspecções a todos os barcos de casco único e com mais de 15 anos ou que evidenciem potencial risco. Além disso, passam a estar em vigilância todas as embarcações que naveguem no perímetro de 200 milhas fixado pela zona económica exclusiva.

Ana Palacio, ministra espanhola dos Negócios Estrangeiros, falou hoje numa viragem "de 180 graus no que, até agora, era o espírito do direito marítimo".