Justino pondera alterar a forma como são apresentados os "rankings" de escolas
Em declarações à Lusa, o ministro da Educação, David Justino, afirmou que a questão que se coloca é saber se os dados em bruto poderão ser ou não acompanhados de um estudo de uma entidade independente: "Estou inclinado a não fazer acompanhar os dados de um estudo", podendo ficar ao cuidado dos órgãos de comunicação social e de outras organizações o tratamento da informação e a consequente elaboração de um 'ranking'.
Recorde-se que em Outubro passado, o ministério divulgou a lista ordenada das secundárias, a partir dos resultados obtidos pelos alunos do 12º ano. Foi a primeira vez que um governo encomendou um 'ranking', tendo escolhido a Universidade Nova de Lisboa e uma equipa coordenada por Sérgio Grácio para a elaboração do mesmo. O método seguido pelos investigadores acabou por ser alvo de várias críticas e foram-lhe apontados vários erros científicos.
Há dois anos, o ministério limitou-se a facultar à comunicação social a base de dados com os resultados dos exames em cada escola e a seriação foi da responsabilidade da imprensa - algo que foi muito criticado pelo ministro, então deputado da bancada parlamentar do PSD. Agora, Justino realça que além da divulgação dos dados em bruto, o ministério fornecerá simultaneamente "informação adicional, escola a escola". "Estamos a construir uma base de dados, que já existe. O problema é pô-la 'on-line'", explicou.
O objectivo é que "todas as variáveis caracterizadoras da escola possam lá estar, designadamente, os resultados que teve nos últimos cinco anos, o número de alunos da escola e de auto-propostos, quantos frequentam o ensino recorrente, quantos docentes tem o estabelecimento, qual a dimensão média da turma e qual a acção social escolar", acrescentou.