O problema de "O Homem Sem Passado" é que sucede a dois pontos altos na filmografia de Kaurismaki, "Nuvens Passageiras" e "Juha". Com os mesmos motivos do primeiro - o desemprego, a dureza da vida urbana, os deserdados - e a ligação, como no segundo, a um cinema que já não existe (há momentos em que parece deslizar para o mudo, mas é para o cinema clássico americano que remete). Ou seja, Kaurismaki pode ser um cineasta singular nos dias de hoje (embora os seus filmes reenviem para tantas referências), mas a fórmula começa a dar sinais de cansaço.
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