Sequestro de Moscovo termina com morte de 10 reféns
O fim da crise foi anunciado às 07h15 locais (04h15 em Lisboa) por um porta-voz da presidência russa, Serguei Iastrjembski, que confirmou igualmente a morte do chefe do comando, Movsar Baraiev. "Muitos outros" elementos do comando tchetcheno "foram liquidados" e os restantes detidos no assalto ao teatro Dubrovka. "Todos os reféns foram libertados e o teatro está sob controlo", anunciou a mesma fonte.
Tratou-se uma operação relâmpago da polícia depois de uma sucessão de tiros, explosões, mortes e fuga de alguns reféns. A acção demorou pouco mais de uma hora. Ao que tudo indica, as forças de segurança russas, com a ajuda de agentes norte-americanos, recorreram a gás antes de iniciar a operação de resgate. Porta-vozes oficiais indicaram que depois do assalto e retirada dos feridos, brigadas da polícia especializadas em minas e armadilhas e acompanhados por cães, começaram a desactivar as cargas explosivas colocadas pelos rebeldes para fazer explodir o edifício. Outros agentes policiais passaram "a pente fino" as instalações do teatro à procura de possíveis guerrilheiros escondidos ou dissimulados entre os reféns, informaram fontes do comando operacional.
Todas as fontes oficiais sublinham que a operação de assalto só começou depois de o comando ter começado a matar reféns. As explosões começaram 20 minutos antes de terminar o prazo inicial dado pelos terroristas para começarem a executar os reféns caso o Kremlin não ordenasse a retirada das suas tropas de solo tchetcheno. Esse ultimato expirava às 06h00 locais (03h00 em Lisboa), mas os terroristas ampliaram posteriormente esse prazo por mais quatro horas.