Espólio da Molin será vendido por "ajuste directo"
Enquanto vão tratando da manutenção da maquinaria parada na fábrica, os antigos trabalhadores mostram-se preocupados com a desvalorização que estão a sofrer os produtos armazenados e as viaturas da empresa. Por decisão do liquidatário judicial, todo o material acabado, matérias-primas e veículos serão vendidos por ajuste directo. Para esse efeito, além de contactos em todo o país a fazer pelos antigos vendedores, será montado um mostruário nas instalações da Molin para apresentação dos produtos aos clientes institucionais.
Num plenário de trabalhadores realizado ontem, os antigos funcionários voltaram a decidir não baixar os braços. Depois de uma reunião no Ministério da Economia, onde os trabalhadores voltaram a pedir ao Governo que suscite o interesse de potenciais investidores na viabilização da empresa, garantindo o apoio estatal à sua reactivação, os trabalhadores procuram agora sensibilizar os deputados da Assembleia da República, e também a opinião pública, marchando em silêncio desde a Câmara de Gaia até à Praça da Batalha, no Porto, no âmbito da jornada de luta convocada pela CGTP para 30 de Outubro.