América contra o resto do mundo

A histeria americana levada ao ridículo. Não é só por mostrar a inquietante explosão de uma bomba num estádio de Baltimore que é um filme sintomático do 11 de Setembro (nem por a CIA não o ter conseguido prevenir, tal como não conseguiu em relação aos ataques a Nova Ioruq e Washington). É, sobretudo, por pôr em jogo uma nova ordem, em que a Rússia já não surge como o inimigo exclusivo dos EUA, mas onde podem surgir árabes e neo-nazis europeus. A visão estreita dos americanos alargou-se? Não é bem assim: é ainda a América contra o resto do mundo (mas também acaba por ser vítima de si própria - o plutónio empregado na bomba tem, afinal, marca da casa), reduzindo as disputas de poder a clichés, onde nem sequer falta o botãozinho vermelho para accionar o ataque nuclear. A América salva-se (e o mundo, obviamente), o cinema é que não.

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