UNESCO saúda regresso dos EUA
Em comunicado, divulgado no seu sítio na Internet, Koichiro Matsuura afirma ter ficado "muito contente" com a nova declarada há momentos por George W. Bush aos presentes na 57ª Assembleia Geral da ONU, que ainda decorre.
"Comprometo-me a contribuir para reintegrar os EUA na vida e trabalho da organização", declara ainda Matsuura. Para o director-geral da UNESCO, é de louvar o regresso dos EUA, após 18 anos de ausência, principalmente porque vai permitir à agência da ONU "trabalhar estreitamente com as comunidades universitária e científica americanas, cujos recursos intelectuais e culturais são enormes".
A "energia" e "ideias" dos EUA "são vitais para elaborar políticas capazes de melhorar a vida dos habitantes do planeta", considerou Matsuura, realçando ainda que o regresso americano "encoraja ainda verdadeiras reformas e renovação no seio do sistema multilateral".
Numa manobra de charme, Bush aproveitou o seu discurso perante a Assembleia Geral, essencialmente dedicado à questão iraquiana, para anunciar que os EUA vão regressar à UNESCO, facto que foi muito aplaudido. "Para demonstrar o compromisso com a dignidade humana" e com os valores da tolerância e da promoção do conhecimento, os EUA voltam a integrar a agência que abandonaram em 1984, em contestação com a estrutura do organismo e com o facto de, apesar de serem o maior financiador da agência, terem o mesmo poder que cada um dos outros membros.
O regresso dos EUA implica o pagamento de 60 milhões de dólares (sensivelmente a mesma quantia em euros), o que representa aproximadamente 25 por cento do orçamento total da UNESCO.