"Como já não me revia no rumo que o partido está a seguir a nível nacional, não seria ético da minha parte continuar a assumir a responsabilidade de coordenação de uma organização regional", indicou Branca de Carvalho.

A dirigente regional do PCP sublinhou que uma das principais razões que levaram ao seu afastamento foi a não realização de um congresso extraordinário. "Penso que esse seria o espaço privilegiado para todos os militantes debaterem os problemas do partido. Não podemos enterrar a cabeça na areia, como a avestruz, não podemos fazer de conta que a crise não existe", sustentou.

Branca de Carvalho manifestou-se também "cem por cento contra" as sanções que a direcção nacional do PCP quer aplicar aos militantes que têm exprimido opiniões diferentes das suas. "Não é dessa forma que se resolvem os problemas internos de um partido", defendeu.

Serafim Brás foi designado pela direcção nacional do partido para ocupar o lugar deixado vago por Branca de Carvalho. Da Direcção da Organização Regional de Viana do Castelo saem também Alberto Midões, actual vereador na câmara de Viana do Castelo; Fernando Silva, ex-coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo; João Duarte, que já foi cabeça-de-lista nas Legislativas; e Gonçalo Fagundes, deputado na Assembleia Municipal.