Claro que "Apocalypse Now" vale pelo que é na sua versão de estreia, que as pequenas cenas acrescentadas aqui e acolá, nomeadamente no final com Marlon Brando, nada alteram de significativo. Mas a posição fundamentalista que recusa variantes e versões do realizador não faz grande sentido. Senão vejamos: quem se atreve a negar a importância do longo episódio francês, fornecendo pano de fundo histórico-colonial para a aventura rio acima? Clarifiquemos: na versão original "Apocalypse Now" é uma obra-prima absoluta, genial meditação sobre a cultura ocidental, sob pretexto da Guerra do Vietname. Na sua versão "Redux" nada perde da sua grandeza e ganha, pelo menos, uma dimensão nostálgica, ligada à cultura francesa e a uma espécie de resistência passiva, que não tinha. São dois filmes diferentes? São, e ambos magníficos.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: