Jacques Rivette regressado aos seus tempos áureos de "L' Amour Fou" e "Céline et Julie Vont en Bateau" ou apenas a marca de uma coerência exemplar numa obra obsessivamente contaminada pela relação com as formas de representação teatrais? Com uma construção que oscila, de forma artificiosa, entre manobras de "boulevard", tomando a peça de Pirandello como pretexto, e uma paródica estrutura quase "borgesiana" de procura labiríntica do manuscrito perdido, "Sabe-se Lá" toca na essência do mundo rivettiano, com um rigor certeiro. É um divertimento, mas com a segurança das obras maiores. Só por si, o epílogo no palco teria de figurar numa antologia do melhor Rivette.
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