O sucesso do euro é ainda incerto, diz Milton Friedman
Em declarações ao jornal "Die Welt", citadas pela AFP, o economista interroga-se sobre o "vazio" deixado com o desaparecimento da taxa de câmbio nos doze países do euro.O que deverá aparecer a seguir, sustenta Friedman, será uma "maior flexibilidade ao nível dos salários e dos preços e um acréscimo na concorrência e na mobilidade" das pessoas e dos capitais. Só se cumprir essa etapa é que o euro será um sucesso, explica o economista norte-americano, para quem esse estágio está ainda longe de acontecer. A realidade económica entre os doze países europeus é ainda de "uma grande inflexibilidade", ao contrário do que seria de esperar nesta fase de introdução física do euro e após 44 anos da criação efectiva da Comunidade Económica Europeia, em 1958.
"A minha análise económica mostra que é discutível que o euro seja um grande sucesso. O Banco Central Europeu é responsável pelos doze Estados e é praticamente impossível satisfazer todos", diz Milton Friedman.
Em relação ao nível dos preços, é da opinião de que devem subir a prazo, apesar de agora a média na Europa andar à volta de dois por cento.