Chirac chega hoje a Washington

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Chirac considera que a instabilidade do processo de paz no Médio Oriente é favorável aos terroristas Manuel Moura/Lusa

Esta é a segunda deslocação oficial de Chirac aos EUA desde os atentados terroristas de 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington. Uma semana após os atentados, o líder francês foi o primeiro chefe de Estado a visitar Washington para uma reunião com o presidente Bush. Antes da sua partida para Washington, Chirac já tinha afirmado que iria fazer avançar "uma solução política enérgica" na luta ao terrorismo, sublinhando a necessidade de uma "coesão internacional.
Após a mini-cimeira de Londres, pode encarar-se a visita do chefe de Estado francês como a de um enviado especial que irá tentar expor ao Presidente Bush as preocupações europeias no que toca à situação no Médio Oriente e à necessidade de uma solução política para o Afeganistão.
Chirac afirmou que a cimeira que reuniu "os grandes" europeus à mesa de Tony Blair - França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica e Holanda - foi "muito interessante" enquanto preparação para o encontro com George W. Bush.
Enquanto os americanos intensificam os seus bombardeamentos sobre o Afeganistão, Chirac insiste na "solução política que tem que ser encontrada" para "organizar" o país numa perspectiva pós-taliban, bem como na perspectiva dos "problemas humanitários" que se irão agravar com o Inverno.
O chefe de Estado francês mostra-se ainda preocupado com o impasse no processo de paz no Médio Oriente que, na sua opinião, "cria uma situação que, no geral, é favorável aos extremistas e aos fundamentalistas muçulmanos, nomeadamente à organização de Bin Laden".

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