Dois palestinianos mortos durante comemorações da «nova Intifada»

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Como medida de segurança foi interdita a entrada na mesquita de Al-Aqsa a homens com idade inferior a 40 anos Jamal Aruri/EPA

A polícia israelita montou um forte dispositivo de segurança para impedir que palestinianos assistissem às orações na mesquita de Al-Aqsa, situada no complexo do Pátio das Mesquitas. Uma das medidas de segurança imposta foi a interdição de entrada na mesquita a homens com idade inferior a 40 anos.Apesar de as orações terem acabado por decorrer pacificamente, a violência voltou em força na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, nomeadamente em Hebron.
Citado pela Reuters, o Exército de Israel afirma que soldados israelitas foram alvo de disparos e que acabaram por ripostar em dois locais de Hebron, onde perto de 120 mil palestinianos vivem dividos entre 400 abrigos. Segundo fontes hospitalares, um palestiniano morreu e doze outros ficaram feridos.
Um palestiniano de 17 anos foi mais tarde atingido a tiro durante o lançamento de pedras a soldados israelitas que se encontravam na entrada da cidade de Al-Khader, na Cisjordânia, perto de Belém, avançaram outras fontes hospitalares.
Noutros locais da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, dezenas de palestinianos ficaram também feridos quando tropas israelitas responderam ao lançamento de pedras com balas verdadeiras, balas de borracha e gás lacrimogéneo, segundo as mesmas fontes.
Por sua vez, responsáveis da segurança israelita referiram que dois israelitas ficaram feridos num dos quatro tiroteios palestinianos contra civis e veículos militares israelitas. Outros dois israelitas ficaram feridos, quando a sua viatura foi apedrejada por palestinianos.
Os confrontos de hoje seguem-se à morte de cinco palestinianos, ontem, em Gaza, três deles durante conflitos com soldados israelitas.
Apesar da constante violência nos territórios, o presidente da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Shimon Peres, acordaram anteontem um novo esforço conjunto para pôr em prática um acordo de paz na região.
"Israel vai fazer tudo o que for necessário para que o cessar-fogo seja cumprido. Esperamos que Arafat faça o mesmo", afirmou o porta-voz do Governo israelita, Avi Pazner.

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