Sim, as marcas de "O Sexto Sentido" ainda estão lá: Shyamalan continua obcecado com fantasmas e "O Protegido", de resto como o filme anterior, revela uma habilidosa planificação posta ao serviço de uma languidez calculada. Então, porque é que último filme do realizador é uma prova maior do que "O Sexto Sentido"? Essencialmente, porque já não há fantasmas assombrosos por detrás das portas, mas as personagens parecem antes emergir de um estado "post mortem" (Bruce Willis, sobretudo), e porque Shyamalan conseguiu uma engenhosa e invulgar aproximação ao universo da banda desenhada, delineando as suas duas figuras principais (David Dunn/Willis e Mr. Crystal/Samuel L. Jackson) como o reverso um do outro (um é invulnerável, o outro tem uma doença nos ossos que faz com se parta em mil pedaços numa queda).
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