NATO e UE empenhadas em evitar «tragédia» na Macedónia
Ao princípio da noite, a televisão privada de Skopje A1, citando a presidência macedónia, referiu a assinatura de um acordo entre o representante da NATO e o UÇK sobre a retirada dos rebeldes das regiões que ocupam no noroeste do país.
"Hoje, foi assinado um acordo entre o representante político do UÇK Ali Ahmeti e o enviado especial da NATO Pieter Feith, no qual Ahmeti se comprometeu na retirada das suas formações armadas das regiões ocupadas de Tetovo [...] até às 06h00 locais", indicou a televisão. A NATO não confirmou de imediato a informação.
"Seria uma tragédia se o país mergulhasse na guerra civil", considerou ontem Robertson durante uma conferência de imprensa em Bruxelas. O presidente em exercício da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e chefe da diplomacia da Roménia, Mircea Geoana, está incluído na "troika" que uma vez mais se desloca a esta antiga república jugoslava, considerado o Estado mais volátil dos Balcãs. Estão marcados encontros com o Presidente Boris Trajkovski, membros do Governo e líderes dos principais partidos políticos.
As conversações, mediadas pelos emissários da UE, François Léotard e dos EUA, James Pardew, destinadas a redefinir o quadro constitucional do país e as relações entre os eslavos e a importante minoria albanesa, um terço dos dois milhões de habitantes, estão num impasse. E no domingo os separatistas albaneses do Exército de Libertação Nacional (UÇK) quebraram um cessar-fogo em vigor há 18 dias e desencadearam uma ofensiva militar em Tetovo (noroeste, cerca de 150 mil habitantes), chegando mesmo controlar alguns sectores da cidade.
O Governo emitiu um ultimato aos rebeldes, que decidiram retirar-se de algumas das suas posições. Uma calma muito tensa regressou na manhã de ontem à região, mas no final da tarde surgiam informações sobre o recomeço dos combates. Com esta nova ofensiva o UÇK pretende demonstrar que tem capacidade para se movimentar em Tetovo, e mesmo "conquistar" a localidade, para além de "recordar" que permanece um interlocutor decisivo no terreno.
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