Reino Unido teve primeiro dia sem novos focos de febre aftosa
Kevin Pearce, do Sindicato Nacional de Agricultores britânico, considera que a epizootia está ainda muito longe do fim e que "nenhum caso não significa nenhum caso hoje, amanhã ou depois", cita a BBC. Até agora, a perspectiva dos produtores é a mais amarga, visto que os 1607 focos até agora detectados significam embargos, quarentenas, sequestro de explorações e milhões de libras perdidas, apesar do plano de compensações, aliás muito questionado, do Governo. Apesar das boas notícias, diz Pearce, o meio rural continua em caos, com muitas partes "paralisadas" em termos de movimentação do gado e de rendimentos. "Muitos agricultores já não têm rendimentos monetários há vários meses e as perspectivas de os receberem no futuro próximo não são muito boas", descreve.
Além dos produtores, também o turismo está seriamente afectado pela epizootia, cujo pico ocorreu em Março, com mais de 50 novos focos por dia. Aos novos focos correspondem milhões de abates de cabeças de gado suspeitas de infecção.
Hoje é o último dia de vigência do embargo às exportações britânicas decretado pela Comissão Europeia, não se sabendo ainda se o prazo vai ser, como tem sido hábito, prolongado.