Em declarações à Lusa, o responsável dos serviços do IDICT no Alentejo, Carlos Graça, adiantou que a equipa de inspectores enviada para o local esteve a proceder a averiguações para apurar as circunstâncias do acidente e eventuais responsabilidades."Vamos ver o que é que falhou, se é que falhou alguma coisa. Temos estado no local a fazer a recolha de elementos de prova do acidente, a verificar o estado do equipamento e se todos os procedimentos de segurança foram seguidos", explicou.
O inquérito vai prosseguir durante o dia de hoje e, segundo acrescentou Carlos Graça, a equipa de inspectores do IDICT prevê amanhã "ensaiar uma peça da plataforma onde se deu o acidente", mas apenas "se estiverem reunidas as condições de segurança".
A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) também já tem a decorrer um inquérito sobre o sucedido, que vai ser acompanhado pelo IDICT.
O acidente ocorreu ontem à tarde numa das frentes de trabalho das obras de construção da barragem, causando a morte do subempreiteiro Luís Florinho, de 40 anos, e ferimentos sem gravidade noutro trabalhador da sua empresa, Arlindo Vieira, de 29 anos, natural de Marco de Canaveses, confirmou a Lusa junto de fontes hospitalares.
O porta-voz da EDIA revelou que os trabalhadores caíram de uma plataforma de cofragem situada a cerca de dez metros de altura, no decurso da construção do descarregador de superfície daquela frente de trabalho.
Este foi o mais grave acidente ocorrido nas obras de construção do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, realçou Carlos Silva.