A culpa teria sido das sardinhas se Portugal ficou macambúzio e traficante em ridículo fim de milénio, misturando Shakespeare e a Condessa de Ségur, lixeiras e padres que cantam o fado, Jesus e dinossáurios, cabeleireiras e ministros. Pode discutir-se o valor político da ficção e criticar-se o olhar demasiado negro sobre Portugal (não era Eça de Queirós que falava do país do final do século passado como uma choldra?), pode até dizer-se que o filme sofre de algumas quebras de ritmo, devido a problemas sérios de montagem; o que ressalta, porém, do olhar desapiedado sobre as personagens é a capacidade para encenar um caricatural e divertido fresco, uma saborosa comédia de costumes, um irrisório "Portugal em camisa" tendo por fundo uma banda sonora pensada ao milímetro.
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