Totalmente digital, o SIC notícias é "uma estação que vai viver do directo", diz o director, Nuno Santos. Aposta arrojada, com um investimento de cerca de dois milhões de contos, permitirá responder à incógnita sobre a viabilidade de um canal contínuo de notícias em português. A SIC Notícias terá algumas surpresas além da programação que vai ser o dia-a-dia no canal. A repórter Cândida Pinto entrará em directo da fronteira entre as duas Coreias. Pedro Coelho falará a partir do Chile. Miriam Alves estará em Cabo Verde e João Almeida começa a apresentar, de França, um "dossier" sobre a doença das vacas loucas que se prolonga por três dias - amanhã fala de Inglaterra, depois de amanhã da Alemanha.
Esta é também a segunda semana de campanha para as eleições presidenciais portuguesas e Jorge Sampaio irá ao canal. Nos dias seguintes por lá passarão os outros candidatos. Nesta primeira semana haverá também especiais por causa da abertura do Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura. E tratamento idêntico terão mais tarde as presidenciais, a assembleia do Benfica e a tomada de posse do presidente norte-americano.
A SIC notícias tem como novidade ser um canal que vai tratar a informação 24 horas por dia. Este filho da SIC é integralmente digital, permitindo aos jornalistas editarem as suas peças nos próprios computadores. A cenografia é feita por uma empresa norte-americana, a Devlin Design Group, e a meteorologia terá como novidade uma técnica concebida por uma empresa norueguesa em que se tem a sensação de estar
a sobrevoar o mapa do país num avião.

"Esta é uma estação que vai viver do directo. Ao longo do dia, no sítio onde estiver a acontecer alguma coisa, nós vamos estar lá", promete Alexandra Abreu Loureiro, uma das apresentadoras da edição da manhã, e que na SIC já integrou a equipa de Internacional, a do programa Esta Semana e por fima equipa de fim-de-semana, onde apresentava telejornais.
A edição da manhã - o espaço das 7h00 às 10h00 - integra ainda Pedro Mourinho (trabalhou na rádio e, durante dez anos, esteve na RTP, onde apresentava o 24 Horas) e Ana Lourenço (passou três anos e meio na TSF, onde fez reportagem e edição de telejornais, e esteve quase seis anos na TVI, onde apresentou telejornais).
A equipa da edição da tarde - espaço entre as 12h00 e as 15h00 - inclui Cláudia Borges (trocou a advogacia pelo jornalismo, está na SIC há oito anos e já apresentou telejornais e fez programas de reportagem como Ficheiros Clínicos) e Guilherme Simões, que passou pelo Correio da Manhã Rádio, TSF, Antena 1 e Comercial. Esteve no CNL e na RTP, onde apresentava o programa da manhã, até ir para a SIC notícias.
Os apresentadores da edição da noite - espaço 21h00/24h00 - são Clara de Sousa (esteve na TVI e na RTP, onde apresentou o 24 Horas) e Nuno Santos (nos últimos tempos coordenava a equipa de jornais de fim-de-semana da SIC).
Além dos três espaços integrados de informação, considerados pelo director os momentos fundamentais do canal, a SIC notícias irá ter programas diários e outros apenas ao fim-de-semana (como Sociedade de Belas Artes, um programa cultural apresentado por Bárbara Guimarães; Música do Mundo, apresentado por Catarina Furtado; ou Cinemania, o programa de cinema apresentado por Rodrigo Guedes de Carvalho). Mas estes programas irão obedecer à lógica de repetição do canal: serão transmitidos ao longo da semana em diferentes horários.