Alemanha ainda não foi notificada de caso de BSE nos Açores
Parte dos trâmites legais impostos pela União Europeia no combate à doença das vacas loucas - a notificação do país de origem do animal doente - não teve ainda recepção. "Logo que formos informados, examinaremos o caso, por agora, não podemos adiantar mais nada", disse o porta-voz do Ministério da Agricultura alemão à Lusa. Um porta-voz do Ministério da Agricultura da Baixa-Saxónia, em Hanôver, garante que na região - de onde a rês terá sido exportada para a Ilha de S. Miguel - "não foi detectado qualquer caso originário de BSE" e ficou muito surpreendido com a notícia.
O animal, de raça frísia, foi abatido a 2 de Outubro, mas a sua carcaça foi "rejeitada por apresentar traumatismos múltiplos e destruída de seguida", segundo contou ontem a tutela. O bovino nasceu a 23 de Setembro de 1995 na região de Hanôver e foi importado em 27 de Outubro de 1998 para os Açores. Os produtores das ilhas importam muitas vezes os animais para melhoramento genético. A exploração onde o animal foi detectado está sob sequestro e o inquérito epidemiológico está já em curso.
Hoje foi noticiado que se registou o primeiro animal com BSE nascido na Alemanha, apesar de o responsável ouvido pela Lusa frisar que, até hoje, só foram detectados seis casos da doença das vacas loucas na Alemanha, em reses importadas.