Conan Osiris vence Festival da Canção
É oficial: o intérprete de Telemóveis vai representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel, pelo menos na primeira semifinal, a 14 de Maio.
É oficial: Conan Osiris, os seus Telemóveis e o seu bailarino João Reis Moreira vão a Israel representar Portugal, pelo menos, na primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel, a 14 de Maio. "Se eu não morrer primeiro", disse, quando o resultado foi anunciado, tendo sido a canção mais votada pelo júri – das sete regiões representadas, só o Algarve não lhe deu os 12 pontos máximos, tendo ficado pelos 10 – e pelo público.
Em segundo lugar ficou Igual a Ti, de e por NBC, e, em terceiro, Perfeito, de Tiago Machado com letra de Boss AC, interpretada pelo vozeirão de Matay, uma das grandes revelações desta 53.ª edição do festival. A cerimónia deste sábado à noite decorreu numa Portimão Arena esgotada.
A noite, que se prolongou bastante mais do que as duas semifinais, arrancou com Margarida Mercês de Melo e Júlio Isidro, apresentadores históricos do festival, antes de chegarem os apresentadores propriamente ditos, Vasco Palmeirim e Filomena Cautela.
Tal como nas últimas semanas, as canções foram despachadas com celeridade. Vieram as quatro primeiras, com A Dois, do duo de irmão santomenses Calema, Mar Doce, de Mariana Bragada, Perfeito, de Tiago Machado e Boss AC para Matay e Pugna, de Surma com letra de Tiago Félix. Todas com as mesmas introduções de vídeo que tinham sido utilizadas nas etapas anteriores, em actividades à volta de Portimão.
Depois de uma ida ao green room, com apresentação de Inês Lopes Gonçalves, veio a segunda metade das canções a concurso, a começar com Igual a Ti, de NBC, seguindo-se Mundo a Mudar, de Frankie Chavez com letra de Pedro Puppe e interpretada pela banda Madrepaz. A vencedora Telemóveis veio a seguir, com as mesmas escadas da semifinal em palco, mas desta feita sem coro e com a adição de umas garras tanto no intérprete quanto no dançarino e uma coreografia algo diferente, além de direito a uma ovação em pé sublinhada pela realização do espectáculo, um claro caso da favoritismo. No fim veio Inércia, da dupla D'alva para Ana Cláudia.
Depois disso, seguiram-se rábulas dispensáveis, homenagens ao passado do Festival, seja a canções específicas ou ao historial de apresentadores, jogos de Jenga no green room ou uma edição de Pressão no Ar, rubrica de 5 para a meia-noite, programa do qual Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves são apresentadoras. E houve canções, com revisitações do passado do Festival, incluindo novas roupagens, cortesia de Nuno Gonçalves, dos The Gift, para antigas vencedoras nas suas vozes originais. Armando Gama cantou Esta balada que te dou, de 1983, Anabela lançou-se a A cidade (até ser dia), de 1993, e Vânia Fernandes a Senhora do mar (negras águas), de 2008.
Foram também apresentados novos temas da dupla vencedora do ano passado. Cláudia Pascoal cantou, ao ukulele, parte de Ter ou não ter, composição sua com letra de Miguel Lestre, enquanto Isaura mostrou a electrónica Liga-Desliga, escrita pela própria. Lançaram-se depois a O Jardim, a canção de Isaura que Cláudia Pascoal levou à primeira Eurovisão que decorreu em Lisboa no ano passado, agora numa versão acústica, com Isaura à guitarra.
E depois, a esmagadora vitória de Telemóveis, primeiro junto dos júris das regiões, e depois do público, indo os 12 pontos máximos de ambos para o tema de Conan Osiris, que agora se verá a braços com representar o seu país em Israel. Foi interpretada depois uma última vez no fim, com os concorrentes todos em palco, a acabarem no chão.