Reclamações contra os CTT subiram 36% em 2018
As queixas dos clientes de serviços de comunicações aumentaram 3% em 2018, devido ao crescimento no serviço postal. Número de reclamações caiu nas telecomunicações.
A entidade reguladora das comunicações, a Anacom, revelou esta quarta-feira que no ano passado houve um total de 104 mil reclamações registadas no sector, atribuindo este aumento de 3% ao crescimento das queixas relacionadas com o serviço postal.
As reclamações sobre atrasos ou extravio na distribuição de objectos, entre outras, elevaram para 23 mil o número de queixas relacionadas com o serviço de correios, representando mais 6,9 mil reclamações, ou mais 43%, face a 2017. A esmagadora maioria (87,4%) tem os CTT como destinatário.
Em sentido oposto, o total de reclamações no sector das comunicações recuou 4,5%, para 81 mil queixas, ou menos 3,9 mil queixas, face ao ano anterior. A Anacom refere que os três maiores operadores foram responsáveis por 96% do total de reclamações apresentadas no livro de reclamações, sendo que a maior fatia coube à Meo (Altice), com 43%, seguindo-se a Nos, com 32%, e a Vodafone, com 21%.
No caso das reclamações referentes ao sector dos serviços postais e apresentadas no livro de reclamações, a Anacom detalha que o grupo CTT (que inclui a CTT - Correios de Portugal, mas também empresas como a CTT Expresso e a Transporta) recebeu 20 mil reclamações (87,4% do total do sector postal), o que corresponde a um aumento de 36% face ao ano anterior.
Os principais motivos das reclamações no sector postal foram, segundo o relatório da Anacom, o atraso na entrega (17%), o extravio/atraso significativo (10%), o atendimento (9%), a falta de tentativa de entrega ao destinatário (8%) e falhas na distribuição (7%).
Ainda no sector postal, verificou-se um aumento de 204,3% do volume de reclamações contra a Chronopost, que no ano passado rondou as 1700.
No caso das comunicações electrónicas, os utilizadores recorreram ao livro de reclamações para reclamar principalmente sobre avarias (16%), facturação (14%) e cancelamento de serviços (10%).
Com menor expressão, surgiram ainda queixas sobre equipamentos, atendimento ao cliente, ligação inicial ou instalação do serviço, velocidade da internet, portabilidade e desbloqueamento de equipamentos.
A Meo registou 28 mil reclamações (mais 23% face a 2017), a Nos 21 mil (mais 3%) e a Vodafone, 14 mil (mais 12%). O número de reclamações por cada mil clientes situou-se em 4,8 para o conjunto do sector das comunicações electrónicas, atingindo-se o valor de 6,8 para a Nos, 4,6 para a Meo e 3,6 para a Vodafone, refere ainda o regulador.
Quanto à Nowo, foi responsável por 3% das reclamações, tendo as reclamações sobre este operador registado um decréscimo de 20%, com o número de reclamações por cada mil clientes deste prestador a atingir o valor de 11,3.