Trump diz que negociações com a China estão a correr “muito bem”
EUA e China tentam chegar a acordo antes do fim das tréguas em 2 de Março. Próxima ronda negocial importante acontece no final deste mês.
Num momento em que Pequim tenta evitar um abrandamento demasiado forte da economia e em Washington a preocupação está no desempenho fraco das bolsas, voltaram este sábado os sinais de que um acordo comercial entre os EUA e a China pode estar prestes a ser atingido.
Donald Trump, em declarações aos jornalistas em Washington, afirmou que as negociações entre os dois países “estão a correr muito bem”. “Tivemos realmente várias reuniões extraordinárias e um acordo com a China pode muito bem acontecer. Está a correr bem, diria que está a correr tão bem quanto seria possível”, afirmou o presidente norte-americano.
Depois de na semana passada, equipas técnicas dos dois lados terem estado reunidas durante diversos dias em Pequim, está agendada para os próximos dias 30 e 31 de Janeiro a visita a Washington do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, um momento considerado decisivo nas negociações, que terão de chegar a uma conclusão até ao dia 2 de Março, a data em que terminam as tréguas estabelecidas entre os dois países.
Nos últimos dias, foi noticiada a disponibilidade do lado chinês para assumir o compromisso de aumentar o volume de compras de produtos norte-americanos, reduzindo substancialmente o desequilíbrio da balança comercial entre os dois países.
Existe dos dois lados uma pressão significativa para chegar a um acordo, numa tentativa de evitar impactos negativos na actividade económica e no ambiente nos mercados financeiros.
No entanto, há também obstáculos a ultrapassar. Este sábado, a agência noticiosa Reuters noticiou, citando fontes governamentais chinesas, que as autoridades norte-americanas estão a exigir como condição para um acordo a existência de avaliações regulares à forma como a China passa à prática os compromissos assumidos. Este tipo de fiscalização não é visto com bons olhos por parte de Pequim, que não pretende deixar no ar a ideia de uma cedência completa aos Estados Unidos.