CDS quer lista de infra-estruturas consideradas em risco

Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, critica "silêncio ensurdecedor" do Governo.

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Nuno Magalhães é líder da bancada do CDS Nuno Ferreira Santos

O CDS-PP manifestou nesta terça-feira o seu pesar pelas vítimas do desabamento de uma estrada junto a uma pedreira em Borba, Évora, e exigiu ao Governo a lista de infra-estruturas consideradas em risco.

"Começa a haver um silêncio ensurdecer por parte do ministro das Infra-estruturas" sobre o acidente, afirmou aos jornalistas, no Parlamento, o líder da bancada centrista, Nuno Magalhães, recordando que as autarquias têm estado a dar esclarecimentos e o secretário de Estado da Protecção Civil manifestou a sua solidariedade.

Para provocar esses esclarecimentos, os centristas enviaram duas perguntas, através da Assembleia da República, porque "importa, até em nome da tranquilidade pública, que o Governo preste esclarecimentos em relação às infra-estruturas" do país.

"O Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas tem na sua posse uma listagem de intra-estruturas em risco, bem como um plano de segurança associado a cada uma delas?", questiona o CDS. E acrescenta: "No âmbito da transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, perspectivada na Lei 59/2018, de 16 de Agosto, houve pedidos de ajuda por parte dos municípios? Quais os municípios que o fizeram?"

O deslizamento de um grande volume de terra na estrada entre Borba a Vila Viçosa, no distrito de Évora, provocou a deslocação de uma quantidade significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra para o interior de uma pedreira, pelas 15h45 de segunda-feira.

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Imagem do local do acidente Nuno Ferreira Santos

Segundo o comandante distrital de operações de socorro de Évora, José Ribeiro, estão confirmados dois mortos, operários da empresa que explora a pedreira. As autoridades procuram ainda um número indeterminado de vítimas, cujas viaturas em que seguiam terão sido arrastadas para o interior da pedreira.

As autoridades de socorro destacaram a "complexidade" das operações em curso, sublinhando que vão ser "morosas e difíceis". O Ministério Público instaurou, entretanto, "um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência", referiu a Procuradoria-geral da República, em resposta enviada à agência Lusa.

* Notícia actualizada às 16h45 com as duas perguntas do CDS.