Lamas recolhidas no Tejo vão ser usadas na agricultura

Transporte de cerca de 2,5 toneladas de lamas aspiradas do Tejo começa esta terça-feira e deve demorar sete semanas. Serão sujeitas a um processo de compostagem para depois serem usadas como fertilizante natural.

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O peso estimado das lamas é de de 2.500 toneladas. Rita Rodrigues

As cerca de 2,5 toneladas de lamas aspiradas do rio Tejo em Vila Velha de Ródão e no Cais do Arneiro, no concelho de Nisa, vão ser usadas na agricultura, como fertilizante natural, após serem sujeitas a um processo de compostagem, uma técnica que estimula a decomposição de materiais orgânicos. Isso mesmo avança uma nota do gabinete do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que adianta que esta terça-feira se iniciam os trabalhos de transporte das lamas armazenadas num terreno em Vila Velha de Ródão.

“Esta é a fase final da operação iniciada com a aspiração das lamas do fundo do rio Tejo e a sua desidratação e deverá estar concluída em sete semanas”, especifica o comunicado.

As análises realizadas pela Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) voltaram a confirmar a ausência de substâncias perigosas, mantendo-se a classificação de resíduo não perigoso. Foram ainda determinantes para perceber o estado de secura das lamas, essencial para o seu transporte.

“O destino final a dar às lamas desidratas, cujo peso estimado é de 2.500 toneladas, será a compostagem e posterior aplicação na agricultura, como correctivo orgânico”, adianta a nota.

A operação de remoção das lamas foi decidida em Maio após mais um episódio de poluição registado no rio, em Janeiro. O Tejo voltou a correr castanho e, junto ao açude de Abrantes, ficou mais uma vez coberto de espuma. A operação, que arrancou envolta em polémica, tinha um custo estimado de 1,7 milhões de euros. A associação ambientalista Zero chegou a interpor, sem sucesso, uma providência cautelar para contestar o depósito das lamas num terreno privado inserido na Área Protegida do Monumento Natural das Portas de Ródão. Também a negociação do terreno com a proprietária não foi fácil, obrigando o Governo a tomar a posse administrativa do imóvel

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