As autoridades da Indonésia encontraram neste sábado pelo menos 384 mortos na baía da cidade de Palu, capital da província de Celebes, na sequência do sismo e do tsunami que atingiram o país na sexta-feira. Há centenas de feridos.

Ao sismo com magnitude de 7,5 na escala de Richter seguiu-se um tsunami com ondas de dois metros, confirmou o porta-voz da agência de emergências indonésia, Sutopo Purwo Nugroho, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press. Palu e Donggala são as duas principais cidades afectadas.

Entretanto o tsunami  recuou, informou Dwikorita Karnawati, responsável pela agência meteorológica local, BMKG, citada pela BBC. "A situação é caótica, as pessoas estão a correr na rua e vários prédios colapsaram. Há um navio que foi levado para terra", acrescentava. 

O tremor de terra fez colapsar "vários edifícios", escreve a Reuters. Há vários desaparecidos — famílias inteiras, de acordo com vários meios. As comunicações foram interrompidas e a população ficou sem luz eléctrica. As operações de busca e salvamento prosseguem.

De acordo com a informação disponibilizada pelos Serviços Geológicos dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o abalo foi sentido na zona de Donggala, na Ilha Celebes, pelas 17h locais (11h em Lisboa), e foi seguido por várias réplicas de menor intensidade. O epicentro situa-se a dez quilómetros de profundidade.

Este abalo foi antecedido de um outro, de magnitude 5,9 que ocorreu às 15h locais (8h em Lisboa) que matou uma pessoa e feriu pelo menos dez na zona de Donggala. 

Inicialmente a agência de meteorologia local lançou um alerta de tsunami, que viria a retirar antes mesmo de se produzir. 

Vivem mais de 600 mil pessoas em Donggala e Palu, as duas zonas afectadas pelo sismo. 

Em Dezembro de 2004, um sismo de magnitude 9,1 ao largo de Sumatra, oeste da Indonésia, provocou um tsunami que matou 230 mil pessoas numa dezena de países.