Diamantino dá o pontapé de saída para o Curtas 2018

Primeira longa de Gabriel Abrantes abre este sábado o festival de Vila do Conde, que mostra 17 curtas portuguesas a concurso e 11 filmes de escola, para lá de cinco filmes-concerto e um olhar sobre a “nova Espanha”.

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Diamantino é a estreia no formato longo de dois realizadores que já fazem parte da família Curtas, Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt DR

O Teatro Municipal de Vila do Conde está pronto para receber a edição 2018 do seu venerando Festival Internacional de Curtas-Metragens. E o 26.º Curtas Vila do Conde começa, como sempre, “da curta à longa”: Diamantino, estreia no formato longo de realizadores que já fazem parte da família, Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, tem honras de abertura oficial este sábado, às 18h. A festa de abertura começa antes, às 15h30, com The Incredibles 2; prolonga-se, às 21h, com a exibição de O Polícia, de Nadav Lapid, realizador alvo da secção In Focus e integrante do júri oficial; e termina às 23h com o primeiro dos filmes-concerto da secção StereoDragonflies with Birds and Snake, documentário de Wolfgang Lehmann sonorizado em tempo real pelos Black Bombaim com o artista João Pais Filipe. No domingo haverá a estreia das três novas produções do CurtasCirco do Amor, de Miguel Clara Vasconcelos, Náufragos, de Pedro Neves, e A River Through the Mountains, de José Magro (às 20h, com repetição no dia 21, às 17h), seguidas da nova longa-metragem de Romain Gavras, Le Monde est à toi, com Vincent Cassel e Isabelle Adjani (21h30), e de The Kindergarten Teacher, de Nadav Lapid (23h).

É um óptimo “pontapé de saída” para uma edição que propõe um total de 65 filmes a concurso nas competições oficiais (Nacional, Internacional e Experimental). Como é habitual, a produção nacional vai fazer as honras da casa – 17 curtas-metragens portuguesas a concurso, assinadas por habitués do Curtas como Eduardo Brito, Rodrigo Areias ou Miguel Ferreira, mas também estreantes como Ana Moreira, David Pinheiro Vicente ou João Vladimiro. Entre os 17 títulos, maioritariamente de ficção e imagem real, encontram-se dois que estrearam no festival de Berlim – Madness, de João Viana, e Onde o Verão Vai, de David Pinheiro Vicente – e um outro que vai estar em Locarno em Agosto, 3 Anos Depois, de Marco Amaral.

Os filmes serão mostrados num total de cinco sessões, sempre às 20h: Pas de Confettis, de Bruno Ferreira, Aquaparque, de Ana Moreira, e Anteu, de João Vladimiro, na terça-feira, dia 17; Sheila, de Gonçalo Loureiro, Entre Sombras, de Mónica Santos e Alice Eça Guimarães, e Onde o Verão Vai na quarta-feira, dia 18; 3 Anos DepoisNevoeiro, de Daniel Veloso, Agouro, de David Doutel e Vasco Sá, e Equinócio, de Ivo M. Ferreira, na quinta-feira, dia 19: À Tona, de Filipe Abranches, MadnessPixel Frio, de Rodrigo Areias, e Água Forte, de Mónica Baptista, na sexta-feira, dia 20; e Declive, de Eduardo Brito, Sara F., de Miguel Fonseca, e Placenta, de Paulo Lima no sábado, dia 21.

O festival exibe ainda 11 filmes de escola nacionais nas duas sessões Take One! (segunda e terça-feira, sempre às 18h30), entre eles Amor, Avenidas Novas, de Duarte Coimbra, que esteve na Semana da Crítica de Cannes. E escolheu para o Panorama Nacional (segunda, às 20h) Russa, de João Salaviza e Ricardo Alves Jr.Anjo, de Miguel Nunes, e o vencedor do IndieLisboa 2018, Os Mortos, de Gonçalo Robalo. Na sessão de encerramento (domingo, dia 22, às 17h30), mostrar-se-á a curta de co-produção portuguesa que o americano radicado em França Eugène Green vai levar a Locarno, Como Fernando Pessoa Salvou Portugal.

Para além de Nadav Lapid, que terá um encontro com o público na tarde de dia 21, o Curtas convidou ainda um outro nome regular no festival, o francês Yann Gonzalez, que mostra a sua longa com Vanessa Paradis, Un Couteau dans le coeur (terça, 17, às 23h) e propõe uma escolha de curtas de vanguarda sob o genérico Avant-Garde Midnight Madness (quarta-feira, dia 18, às 23h30).

Noutra frente, a da arte cinemática, a galeria Solar receberá a partir de sábado, e até 1 de Setembro, a exposição New Spain, comissariada por José Manuel Lopez e Nuno Rodrigues, um dos directores do Curtas, com seis instalações de cineastas e vídeo-artistas do país vizinho: Carla Andrade, Inés García, Laida Lertxundi, Lois Patiño, Natalia Marín, e Samuel M. Delgado/Helena Girón. A exposição prolonga-se para três sessões de cinema, um debate e um workshop de cinema expandido pela dupla Luis Macías/Adriana Vilas.

E não podia faltar o programa de filmes-concerto Stereo. Este ano, para lá dos Black Bombaim, o Stereo recebe – sempre às 23h – a competição de vídeos musicais (dia 16), performances de Joana Gama e Luís Fernandes (dia 18) e Moor Mother com Jonathan Saldanha, André Tentúgal e Vasco Mendes (dia 19), O Homem da Manivela, comédia de 1928 com Buster Keaton com música de B Fachada (dia 20), e o filme surrealista de Germaine Dulac e Antonin Artaud, La Coquille et le Clergyman, com banda-sonora dos Linda Martini (dia 21). 

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