O nuclear norte-coreano em números
Os custos directos e indirectos da desnuclearização da Coreia do Norte custariam 17 mil milhões de euros.
- A Coreia do Norte tem 200 especialistas em armas nucleares, segundo os serviços secretos da Coreia do Sul.
- O Sul diz também que Pyongyang destina 25% do seu orçamento (8500 milhões de euros) para gastos militares.
- Especialistas em armamento nuclear estimam que o país tenha entre 15 e 20 bombas nucleares com um poder de destruição de 10-25 quilotoneladas (equivalente a três bombas semelhantes à que destruiu Hiroshima). Os serviços secretos dos EUA dizem que podem ser 60.
- Tem entre 175 e 645 quilos de urânio altamente enriquecido, segundo o especialista Sigfried Hecker, citado pelo jornal espanhol El País. O plutónio e o urânio enriquecidos são fabricados no Centro de Investigação Nuclear de Yongbyon (cem quilómetros a Norte de Pyongyang). Com estas quantidades podem ser construídas entre 30 e 60 bombas (de três a sete por ano).
- O seu míssil estrela é o Hwasong-15, capaz de percorrer 13 mil quilómetros. Têm 200 mísseis Nodong (que alcançam até ao Japão), 600 Scud (que chegam à Coreia do Sul), 50 Taepodong e Musudan (que podem atingir a costa dos EUA, segundo os dados da organização não governamental norte-americana Nuclear Threat Initiative.
- A Coreia do Norte tem 1,190 milhões de soldados (numa população de 25 milhões de pessoas), o que constitui o quarto maior Exército do Mundo - a China tem o maior (2,183,000 militares activos), seguido da Índia (1,395,100) e dos Estados Unidos (1,347,300), segundo os dados de 2017 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
- Um estudo da Universidade de Kookmin, em Seul, diz que os custos directos e indirectos da desnuclearização da Coreia do Norte custariam 17 mil milhões de euros: cinco mil milhões para o desmantelamento de bombas e instalções e o restante para custos indirectos como a recuperação económica e a criação de infraestruturas.