Amar, amar perdidamente… é na Lourinhã

Os convidados de mais uma edição de Livros a Oeste são apaixonados por literatura, poesia, cinema e música. Mas também pelo amor. Estão na Lourinhã de 8 a 12 de Maio.

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Miguel Manso

João Tordo, António-Pedro Vasconcelos, Rui Zink, Mário Zambujal, Joana Amaral Dias, Afonso Cruz, Sara Rodi ou Valter Hugo Mãe vão juntar-se na Lourinhã no festival Livros a Oeste com o tema “Por amor, escrever, ler e viver”.

O objectivo foi convidar pessoas que não fossem “só de literatura, mas do cinema, da música ou outras áreas, e oferecer essa mistura de conhecimentos”, diz à Lusa o programador cultural do encontro, João Morales. Ao PÚBLICO acrescenta ainda: “Estamos muito satisfeitos com a diversidade de propostas que conseguimos reunir para esta sétima edição do festival. O livro e a leitura são o ponto de partida para estabelecer um conjunto de encontros entre pessoas, ideias e formas de lidar com a vida.”

Durante cinco dias, a vila anima-se com poesia e teatro nas ruas e na Associação Musical e Artística Lourinhanense, com mesas-redondas e debates na biblioteca municipal e no Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira e com visitas de autores a escolas do concelho, contactando com mais de 1500 alunos de vários níveis de ensino. “Esta é uma componente essencial num evento desta natureza, alimentar novas gerações de leitores”, resume o vereador da Cultura no Município da Lourinhã, José Tomé.

Na primeira noite do encontro (21h30), vai falar-se de “Ficção: Contar mentiras verdadeiras”, com os escritores João Tordo e Filipa Martins e o realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos.

Nas noites seguintes, as conversas andarão à volta do amor de Pedro e Inês e as múltiplas dimensões deste episódio central da nossa cultura (“Por Pedro e Inês – O amor é maior que a vida?”, com Maria Joana de Carvalho, Isabela Figueiredo, Mário Cordeiro, Glória Marques Ferreira); “a poesia reunida em diversas antologias, como ponto de partida para este género literário e diversos autores (“Poesia – Palavras que se apaixonam”, com Valter Hugo Mãe, José Mário Silva e Luís Filipe Castro Mendes); reflexões e observações em diferentes geografias, como sinalizações da vida e de uma existência multifacetada ou o amor, a sensualidade na literatura portuguesa, em diferentes cambiantes (“O mundo que eu (d)escrevo – Capítulos soltos”, com Afonso Cruz, Eugénio Lisboa e Álvaro Domingues). Na última noite, a encerrar, realiza-se um concerto da Lisbon Poetry Orchestra.

Há ainda exposições de estudantes distribuídas pelos diversos locais em que decorre o encontro, mas também no tribunal, no centro de saúde e na câmara municipal. As colagens de Rafael Cruz podem ser vistas na Galeria Municipal da Lourinhã, com o titulo Cada Leitor É Frankenstein. Na Praça José Máximo da Costa, entre as 10h e as 20h, está instalada uma feira do livro, organizada pela Promobooks.

Em paralelo, nos dias 11 e 12 de Maio, professores, bibliotecários e outros mediadores de leitura frequentam a segunda edição da formação (Re)Criar Narrativas.