Tancos. “Mal seria se não tivesse” conclusões até ao fim do mandato
Presidente considera “positivo” que já exista um relatório com identificação do que falhou nos paióis. Mas agora a investigação está na mão da justiça, sublinha.
Sobre o roubo de Tancos, ainda falta saber o “quem, como, porquê”, admite Marcelo, em entrevista ao PÚBLICO e Renascença.
Outro assunto que se relaciona temporalmente com o dos incêndios é o de Tancos – porque foi no mesmo Verão, quase em simultâneo. Na altura, o Presidente pediu que fosse investigado, doesse a quem doesse...
Sim, mantenho a mesma posição. E tenho recorrentemente...
Mas, por enquanto, não doeu a ninguém, pois não?
Ora bom, vamos lá ver. Em relação a isso, em primeiro lugar: do relatório administrativo decorre já um diagnóstico genérico da situação que acho que foi positivo ter sido feito. Quer dizer, ter sido feito um diagnóstico mostrando fragilidades e debilidades em estruturas fundamentais, como eram, nomeadamente, os paióis. Bem como a consequente tomada de decisões, no sentido de alterar, em termos de segurança, uma situação que vinha do passado e que se tinha prolongado até finais de Junho do ano passado. A outra questão relativamente à qual continua pendente o apuramento é quem, como, porquê, em que condições, a individualização daquilo que é passível, porventura, de ter uma qualificação criminal. Sem estarmos a antecipar uma qualificação. Aí, a entidade competente para a investigação criminal, num primeiro momento, chamou a si a investigação, dizendo que tinha dados suficientemente sólidos para justificar essa avocação do processo. Eu continuo a acreditar que haverá um momento – e não cabe ao Presidente interferir no tempo da Justiça – em que surgirá o resultado dessa investigação, qualquer que seja o desfecho dessa...
O Presidente continuará a ter “memória de elefante”...
[risos] Como eu disse, tenho memória de elefante... Também não é preciso ter grande memória de elefante, o mandato termina em 2021.
Confia que chegará essa resposta antes de terminar este mandato?
Mal seria se não tivesse. Voltaríamos ao problema do tempo da Justiça...